Manifestation of Solidarity

Posted: September 26, 2018

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Manifestação de Solidariedade com o Museu Nacional da Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias (ESOCITE-BR), da Associação Latino-americana de Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia (ESOCITE), e a Sociedade para Estudos Sociais da Ciência (4S)

No domingo 2 de setembro, um incêndio destruiu grande parte do acervo nas áreas de ciências naturais e antropológicas do Museu Nacional, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Criado em 1818, o Museu Nacional foi a primeira instituição científica brasileira, estando atualmente vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias (ESOCITE-BR), a Associação Latino-americana de Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia (ESOCITE), e a Sociedade para Estudos Sociais da Ciência (4S) manifestam conjuntamente seu enorme pesar por esta perda irreparável para a comunidade de pesquisa e para os cidadãos brasileiros, e assinalam que o acervo do museu era, ademais, de imenso valor para a comunidade global e para os pesquisadores do mundo todo.

O Museu albergava mais de 20 milhões de peças, incluindo o mais antigo esqueleto humano encontrado no Brasil, gravações de sociedades indígenas, algumas em línguas já extintas, coleções de milhões de insetos, e fosseis de dinossauros encontrados no país, entre outras tantas.

O incêndio ocorreu em meio ao corte de recursos e ao congelamento dos gastos públicos por 20 anos instituído pela Emenda Constitucional 95 em 2016, os quais vêm afetando severamente as universidades públicas e instituições de ciência e tecnologia brasileiras. O orçamento do museu neste ano havia-se reduzido a um terço do recebido em 2014, e não foram poucas as advertências de suas autoridades sobre suas condições precárias de funcionamento.

As associações acima mencionadas se solidarizam com o diretor do Museu, Professor Alexander Kellner, com seus pesquisadores e funcionários, e com o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Dr. Roberto Leher e demandam que o governo brasileiro disponibilize imediatamente os recursos necessários para evitar novas perdas do rico patrimônio científico e cultural do país, hoje em risco. Estas associações também chamam às organizações e governos do mundo todo a assegurar o investimento de recursos de longo prazo necessário para sustentar a estrutura pública de conhecimentos, incluindo escolas, universidades, bibliotecas e museus. Tal infraestrutura gera os conhecimentos e inovações essenciais para o mundo de hoje.

Em nome das associações:

Guilherme José da Silva e Sá, Presidente, Associação Brasileira de Estudos Sociais das Ciências e das Tecnologias

Noela Invernizzi, Presidente, Associação Latino-Americana de Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia

Kim Fortun, Presidente, Sociedade para Estudos Sociais da Ciência

 
Manifestación de Solidaridad con el Museo Nacional de la Asociación Brasileña de Estudios Sociales de las Ciencias y las Tecnologías (ESOCITE-BR), la Asociación Latinoamericana de Estudios Sociales de la Ciencia y la Tecnología (ESOCITE), y la Sociedad para Estudios Sociales de la Ciencia (4S)

El domingo 2 de setiembre, un incendio destruyó gran parte del acervo en las áreas de ciencias naturales y antropológicas del Museo Nacional, en la ciudad de Río de Janeiro, Brasil. Criado en 1818, el Museo Nacional fue la primera institución científica brasileña, y está actualmente vinculado a la Universidad Federal de Rio de Janeiro.

La Asociación Brasileña de Estudios Sociales de las Ciencias y las Tecnologías (ESOCITE-BR), la Asociación Latinoamericana de Estudios Sociales de la Ciencia y la Tecnología (ESOCITE), y la Sociedad para Estudios Sociales de la Ciencia (4S) manifiestan conjuntamente su enorme pesar por esta pérdida irreparable para la comunidad de investigación y para la ciudadanía brasileña, y señalan que el acervo del museo era también de inmenso valor para la comunidad global y para los investigadores de todo el mundo.

El Museo albergaba más de 20 millones de piezas, incluyendo el más antiguo esqueleto humano encontrado en Brasil, grabaciones de sociedades indígenas, algunas en lenguas ya extinguidas, colecciones de millones de insectos, y fósiles de dinosaurios encontrados en el país, entre tantas otras.

El incendio ocurrió en medio del recorte presupuestal y del congelamiento de la inversión pública por 20 años instituido por la Enmienda Constitucional 95 en 2016, los cuales vienen afectando severamente a las universidades públicas y a las instituciones de ciencia y tecnología brasileñas. El presupuesto del museo de este año se había reducido a un tercio del recibido en 2014 y no fueron pocas las advertencias de sus autoridades sobre las condiciones precarias de su funcionamiento.  

Las asociaciones arriba mencionadas se solidarizan con el director del Museo, Profesor Alexander Kellner, con sus investigadores y funcionarios, y con el rector de la Universidad Federal de Rio de Janeiro, Dr. Roberto Leher y demandan que el gobierno brasileño ponga a disposición inmediatamente los recursos necesarios para evitar nuevas pérdidas del rico patrimonio científico y cultural del país, hoy en riesgo. Estas asociaciones también llaman a las organizaciones y gobiernos de todo el mundo a asegurar la inversión de recursos de largo plazo necesaria para sostener la estructura pública de conocimientos, incluyendo escuelas, universidades, bibliotecas y museos. Tal infraestructura genera los conocimientos e innovaciones esenciales para el mundo de hoy.

En nombre de las asociaciones:

Guilherme José da Silva e Sá, Presidente, Asociación Brasileña de Estudios Sociales de las Ciencias y las Tecnologías

Noela Invernizzi, Presidente, Asociación Latinoamericana de Estudios Sociales de la Ciencia y la Tecnología

Kim Fortun, Presidente, Sociedad para Estudios Sociales de la Ciencia
 

Manifestation of Solidarity with the National Museum of the Brazilian Association for Social Studies of Sciences and Technologies (ESOCITE-BR), the Latin American Association for Social Studies of Science and Technology (ESOCITE) and the Society for Social Studies of Science (4S)

On Sunday September 2nd, a fire in Brazil’s National Museum in the city of Rio de Janeiro destroyed large part of its research collection in the areas of natural sciences and anthropology. Created in 1818, the National Museum was the first Brazilian scientific institution and is now part of the Federal University of Rio de Janeiro.

The Brazilian Association for Social Studies of Sciences and Technologies (ESOCITE-BR), the Latin American Association for Social Studies of Science and Technology (ESOCITE) and the Society for Social Studies of Science (4S) conjointly manifest their deep sorrow for this irreparable loss for Brazilian citizens and researchers, acknowledging also that the museum’s collections were of immense value to the global community and to researchers worldwide.

The Museum housed more than 20 million pieces, including the oldest human skeleton found in Brazil, recordings of indigenous societies, some of them in languages already extinct, collections of millions of insects, and dinosaurs’ fossils found in the country, among many others.

The fired occurred amidst budget cuts and the freezing of public expenditures for 20 years established by Constitutional Amendment 96, passed in 2016, which has severely impacted public universities and science and technology institutions in the country. This years’ budget for the Museum had been reduced to one third of that of 2014 and there were several warnings from its authorities about its precarious operating conditions.

The above mentioned associations express their solidarity with the Museum’s Director, Professor Alexander Kellner, its researchers and staff, and with the rector of the Federal University of Rio de Janeiro, Dr. Roberto Leher, demanding that the Brazilian government immediately commit the resources needed to avoid further losses of the rich scientific and cultural patrimony of the country, now at high risk. These associations also call upon international organizations and governments worldwide to act on the need for sustained investment in public knowledge infrastructure, including schools, universities, libraries, and museums. Such infrastructure produces critical knowledges and innovations needed in today’s worlds.

On behalf of the associations:

Guilherme José da Silva e Sá, President, Brazilian Association for Social Studies of Sciences and Technologies

Noela Invernizzi, President, Latin American Association for Social Studies of Science and Technology

Kim Fortun, President, Society for Social Studies of Science



Published: 11/26/2018